segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

A Arte de Resolver Conflitos.

"E quando tudo desmoronar, sobe quem vai estar ao teu lado? Deus!"

Versículo: "Ponha-te de acordo, sem demora, com teu adversário, enquanto estas com ele a caminho, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e seja posto no cárcere. Em verdade te digo, que dali não sairás antes de teres pago o último centavo." Jesus Cristo

Bom dia! Tenha um ótimo dia

A Arte de Resolver Conflitos.

O trem atravessava sacolejando os subúrbios de Tóquio numa preguiçosa
tarde de primavera.
Um dos vagões estava quase vazio: apenas algumas mulheres e idosos e
um jovem lutador de Aikidô.

O jovem olhava, distraído, pela janela, a monotonia das casas sempre
iguais e dos arbustos cobertos de poeira.
Chegando a uma estação as portas se abriram e, de repente, a quietude
foi rompida por um homem que entrou cambaleando, gritando com violência
palavras sem nexo.

Era um homem forte, com roupas de operário. Estava bêbado e imundo.
Aos berros, empurrou uma mulher que carregava um bebê ao colo e ela
caiu sobre uma poltrona vazia. Felizmente nada aconteceu ao bebê.
O operário furioso agarrou a haste de metal no meio do vagão e tentou
arranca-la. Dava para ver que uma das suas mãos estava ferida e
sangrava.

O trem seguiu em frente, com os passageiros paralisados de medo e o
jovem se levantou.

O lutador estava em excelente forma física. Treinava oito horas todos
os dias, há quase três anos. Gostava de lutar e se considerava bom de briga.
O problema é que suas habilidades marciais nunca haviam sido testadas em um combate de verdade. Os alunos são proibidos de lutar, pois sabem que Aikidô "é a arte dareconciliação.

Aquele cuja mente deseja brigar perdeu o elo com o universo.
Por isso o jovem sempre evitava envolver-se em brigas, mas no fundo do
coração, porém, desejava uma oportunidade legítima em que pudesse
salvar os inocentes, destruindo os culpados.

Chegou o dia! Pensou consigo mesmo. Há pessoas correndo perigo e se eu
não fizer alguma coisa é bem possível que elas acabem se ferindo.
O jovem se levantou e o bêbado percebeu a chance de canalizar sua ira.
Ah! Rugiu ele. Um valentão! Você está precisando de uma lição de boas
maneiras!

O jovem lançou-lhe um olhar de desprezo.
Pretendia acabar com a sua raça, mas precisava esperar que ele o
agredisse primeiro, por isso o provocou de forma insolente.
Agora chega! Gritou o bêbado. Você vai levar uma lição. E se preparou
para atacar.

Mas, antes que ele pudesse se mexer, alguém deu um grito: Hei!
O jovem e o bêbado olharam para um velhinho japonês que estava sentado
em um dos bancos.

Aquele minúsculo senhor vestia um quimono impecável e devia ter mais
de setenta anos...

Não deu a menor atenção ao jovem, mas sorriu com alegria para o
operário,como se tivesse um importante segredo para lhe contar.

Venha aqui disse o velhinho, num tom coloquial e amistoso. Venha
conversar comigo insistiu, chamando-o com um aceno de mão.
O homenzarrão obedeceu, mas perguntou com aspereza: por que diabos vou
conversar com você?

O velhinho continuou sorrindo. O que você andou bebendo? Perguntou,
com olhar interessado.
Saquê rosnou de volta o operário e não é da sua conta!
Com muita ternura, o velhinho começou a falar da sua vida, do afeto
que sentia pela esposa, das noites que sentavam num velho banco de
madeira,no jardim, um ao lado do outro.
Ficamos olhando o pôr-do-Sol e vendo como vai indo o nosso caquizeiro,
comentou o velho mestre.

Pouco a pouco o operário foi relaxando e disse: é, é bom. Eu também
gosto de caqui...São deliciosos concordou o velho, sorrindo. E tenho certeza de que
você também tem uma ótima esposa.
Não, falou o operário. Minha esposa morreu.

Suavemente, acompanhando o balanço do trem, aquele homenzarrão começou
a chorar.Eu não tenho esposa, não tenho casa, não tenho emprego. Eu só tenho
vergonha de mim mesmo.

Lágrimas escorriam pelo seu rosto. E o jovem estava lá, com toda sua
inocência juvenil, com toda a sua vontade de tornar o mundo melhor
para se viver, sentindo-se, de repente, o pior dos homens.
O trem chegou à estação e o jovem desceu. Voltou-se para dar uma
última olhada. O operário escarrapachara-se no banco e deitara a cabeça no
colo do velhinho, que afagava com ternura seus cabelos emaranhados e sebosos.

Aquele jovem por certo jamais se esquecerá dessa passagem em sua
vida.O dia em que a ternura venceu a força bruta. O dia em que a meiguice
triunfou sobre a ignorância. O dia em que a experiência falou mais alto que a
juventude descontrolada.

Muitas vezes o que se pretende resolver pela força pode ser alcançado com algumas palavras de mansidão.
   
Excelente Segunda-feira
Abraços       d:-)

Não existem sonhos impossíveis para aqueles que realmente acreditam que o poder realizador reside no interior de cada ser humano, sempre que alguém descobre esse poder algo antes considerado impossível se torna realidade.

Sds, Marcell

Você já declarou sua vitória hoje? Se você perdeu alguma coisa, creia, há algo maior e melhor à sua espera. Cair no caminho não é feio. Mas é feio ficar deitado. Portanto, não deixe que pensamentos de fracasso criem raízes em sua mente.

"Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; mas os ímpios tropeçarão no mal. (Provérbios 24:16)"

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